Para Joseph Schumpeter, empreendedor é alguém que “desafia ou destrói criativamente produtos, serviços e relações de mercado existentes” (FERNANDES; SANTOS, 2008, p. 3). O empreendedor é uma pessoa que transforma a sua insatisfação em novas descobertas e propostas (SILVA JR., 2014). Segundo Filion (2000, p. 25) é:
Uma pessoa que empenha toda a sua energia na inovação e no crescimento, manifestando-se de duas maneiras: criando sua empresa ou desenvolvendo alguma coisa completamente nova em uma empresa preexistente (que herdou ou comprou, por exemplo). […] Em geral, ele visa ao crescimento e cresce progressivamente com sua organização. Desse modo, precisa aprender continuamente, porque exerce um ofício complexo, de múltiplas facetas e em constante evolução.
Ainda segundo Filion (2000) convém que o empreendedor dedique alguns anos à aquisição de experiência na área pretendida, visando melhores garantias de sucesso. Sem isso, poderá ser difícil reconhecer nichos e oportunidades de negócio. Dornelas, Spinelli e Adams (2014) afirmam que o comprometimento e a determinação são observados como indispensáveis para enfrentar obstáculos e compensar pontos fracos.
Para Dornelas (2007, p. 4) é difícil definir as características dos empreendedores em uma única resposta, pois “não há um modelo único de empreendedor ou uma definição única, […] porém, há definições clássicas que sempre são utilizadas como referência”. Dornelas (2007) diz que a destruição criativa desenvolvida por Joseph Schumpeter é uma dessas teorias, assim como a de Cantillon que definiu o termo empreendedor pela primeira vez como um ser racional capaz de assumir riscos. Para Degen (1989) o empreendedor possui necessidade de realizar coisas novas e assumir riscos.
Muitas são as definições de empreendedor e empreendedorismo, mas em qualquer uma, independente do autor, encontram-se três aspectos acerca do empreendedor (DORNELAS, 2008): em primeiro lugar ter iniciativa na hora de criar um negócio e gostar do que faz, em segundo utilizar os recursos que possui com criatividade para transformar o ambiente social e econômico, e por último, assumir riscos calculados e saber que sempre pode fracassar.
Segundo Dornelas, Spinelli e Adams (2014), os negócios familiares geralmente possuem como foco mercados locais, para manter o sustento da família ou para empregar parentes, e são negócios que com frequência acabam se limitando por causa do perfil conservador. Os autores também falam sobre a importância desses negócios, pois eles são a forma dominante de negócio em todos os países e fornecem mais recursos para a economia empreendedora que qualquer outra forma de negócio.